O pesquisador David Graddol esteve no Brasil para divulgar o estudo English Next (Próximo Inglês, em tradução livre), que analisa a importância da língua inglesa e a relação dela com outras línguas.
A finalidade da visita foi debater o aprendizado do inglês nas escolas regulares de ensino fundamental e médio. As palestras ocorreram nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Salvador.
Segundo David Graddol, o inglês é falado como primeira língua em mais de 70 países e 74% das relações que usam o inglês não incluem um falante nativo de inglês. A pequisa mostra ainda que o ideal é ter professores que não tenham o inglês como língua nativa, pois eles podem até ser um entrave no aprendizado do idioma.
- Eles acabam transferindo aos alunos uma bagagem que preza o inglês mais tradicional.
O que importa, segundo o pesquisador, não é a perfeição da gramática e da pronúncia, mas, sim, como os interlocutores usarão a língua como instrumento de trabalho.
- Jovens italianos ou alemães não querem parecer britânicos ou americanos, querem manter o sotaque, pois o que importa é a inteligibilidade da conversa.
Sobre a idade ideal que uma criança deve inciar o estudo do idioma estrangeiro, o britânico diz que teoricamente uma criança que tem 11 anos e está na 5ª série do ensino fundamental (ou 6º ano) deve ter, na carga horária semanal, cinco a seis horas destinadas para aprendizado de uma segunda língua.
Segundo o MEC (Ministério da Educação), atualmente, as escolas de ensino médio e fundamental do país oferecem uma ou duas aulas semanais, de 45 a 50 minutos, de línguas estrangeiras.
O que a legislação brasileira impõe é que, a partir do 6º ano, as escolas devem oferecer uma língua estrangeira, como o inglês, o espanhol, o alemão, o francês, o japonês e o mandarim.
Fonte: www.r7.com